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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Fadigas da Alma

O exercício da democracia é saudável, os debates sao bem-vindos e necessarios. Entretanto, como tudo que é demais nessa vida, isso também cansa. Prometi a mim mesmo que não falaria de politica nesta mensagem e, não o farei. Estou com saudades de coisas boas e leves; que duram para sempre, que sobreviveram a ação de democratas, ditadores e caudilhos. Sim, as coisas leves podem durar mais do que muros... estes, tantos já tombaram; Jericó, Berlim, Muralhas da China... Existe alguém que queira uma muralha da China? Pode ser mas, tenho a certeza de que a maioria prefere a delicada e leve porcelana chinesa, de indeléveis e preciosas gravuras...

O mundo sempre foi rude e, não é certo por a culpa no Tempo. O pior problema, é sempre o último; já disseram isso muitas vezes mas, a gente não presta atenção. Há muita coisa bela, ainda por ser vista, ouvida, degustada, apreciada. As vezes, é preciso parar, relaxar e abandonar-se a fantasias que nos levam para bem longe de realidades cruéis. Algum pragmático empedernido dirá: perda de tempo! Não, não é! É comprovado que, as grandes realizações materiais, tiveram origem em um sonho, em uma fantasia, em uma ilusão "boba"; voar, navegar por altos mares, viajar para longe.. sem nunca parar...
 
Acho que é preciso permitir que os sonhos venham de nossa alma, que a nada deveria temer. Não podemos permitir que sejam produtos de experiências diárias, na maior parte das vezes, desagradáveis, sem cor, nem sabor, que ferem os ouvidos, os olhos, os sentimentos...
 
Você não precisa carregar o piano todos os dias. É sua vez de ouvi-lo. Sente-se, feche os olhos, relaxe e permita-se aos bens que permanecem extraordinários, indiferentes a passagem dos séculos; assim como a boa música, as grandes pinturas, os livros eternos, as inteligências universais... Junte tudo em você, suba no tapete de Sherazade e, boa viagem para a Grécia de Zorba, para o Oriente Médio de Gibran e Salomão, para a China de Tzé, para a Europa de Assis, para a África de Sabá, para o Brasil de Machado, Alencar, Lobato, Zé Mauro... Milton, Pelé, Barbosa Lima, Niemeyer... junte tudo e, crie um novo Universo, melhor, onde todas as diversidades caibam e convivam como em um Sonho de Noite de Verao de Shakespeare...

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