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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Facebook

Mark Zuckerberg acaba de ser eleito a personalidade do ano pela Time. Não gosto do Facebook, assim como não gosto de gente bisbilhoteira, deselegante e, mal-educada. A rede social ali armada, é uma ferramenta gigantesca e formidável, sem precedentes. É utilizada para a multiplicação e disseminação, em escala mundial, desse mal habito que é falar para todos e, não ouvir a ninguém. Se havia um problema relativo a velocidade com que as mensagens pessoais eram enviadas e recebidas, este já foi resolvido há muito tempo pelos serviços de e-mail e, messenger, em todas suas modalidades.
O Facebook veio para que as pessoas possam expor seus pensamentos cotidianos. Oras, as pessoas, infelizmente, não tem, cotidianamente, a cada hora do dia, pensamentos dignos de nota. Em geral são reflexões "intestinais", muitas das vezes, verdadeiras diarréias mentais. Eu não gosto e, não preciso de ver e nem expor meus intestinos; muito menos, quero ver os alheios e seus produtos. Intestinos cheiram mal e, aí está algo em que todas as pessoas são iguais. Assim como muita gente, detesto a mesmice. Aprecio a discrição, a elegância. Tenho profunda admiração e respeito pelas pessoas que administram, controlam suas dores e contrariedades, sem precisar alardeá-las as outras 700 milhões que estão no Facebook. Sim, é bom e necessário dividir a carga emocional que está a nos sufocar. Mas, isso faz-se com amigos, com quem nos ama e com quem amamos, tendo como testemunha, um copo de companheira bebida, em silencio cúmplice e protetor.
Tenho a absoluta certeza de que o Facebook encontrou tanta aceitação dada a distância que hoje caracteriza os relacionamentos. Caiu em desuso o saudável habito de sentar e, conversar. E nisso, o velho e bom botequim era e continua imbativel.
Vou mais adiante: O Facebook é uma inutilidade. Não gera nenhum bem e, os serviços que presta, já existiam em diferentes modalidades. Não acredito que gere empregos na mesma proporção que gerou uma Microsoft, Apple, Amazon. Isto para manter a comparação entre seus congêneres. Há lugar para um Facebook? Evidentemente que, sim. Prova disso, é que ai está, a fazer milionário seu jovem criador e, outros. Não concordo e, acho desproporcional, um caso de ilusionismo, de hipnotização coletiva, o culto e a veneração que lhe dedicam. 

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