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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Segredos Privados e Impublicáveis de Públicas Personalidades...

Daryan Dorneles/DivulgaçãoFSP

O tempo passa e, se não muda realidades, expõem-as sem disfarces, enganos ou ilusões. Aí estão Chico Buarque de Holanda e Roberto Carlos Braga; dois expoentes do cancioneiro nacional, fazendo contorções semânticas que rivalizam com as belas letras de suas composições musicais, para justificar suas posições; anti-democráticas segundo alguns, ao pretenderem calar seus biógrafos; autorizados ou, não.

Penso que, Roberto Carlos surpreende a poucos, já que seu alienado conservadorismo, é tão antigo quanto a Pedra do Itabira, lá em Cachoeiro do Itapemirim, cidade de onde veio, a qual é louvada de maneira belamente melancólica na voz de seu filho famoso.

A surpresa, de verdade, fica por conta de Chico Buarque; que é de Holanda mas que, estava na França, hospedado em luxuoso hotel em Paris, apesar de amar Havana. Entrevistado, Chico fez confusa construção de palavras, nada digna de Pedro Pedreiro, para dizer que, poderia estar enganado; que não entende bem a lei vigente... Quem te Viu, Quem Te Vê!

Chico é um monumento da MPB, da Literatura e, do Teatro e, apesar do incompreensível e insensato apoio aos ditadores cubanos, sua opinião merece respeito, malgrado suas justificativas para tal sejam pífias e esburacadas.
Artista  é, mesmo, um animal estranho e de lógica complicada; muitas vezes equivocada. Junta-se a Chico neste imbróglio, Caetano Veloso, reconhecida vítima da censura, tendo amargado duro e gelado exílio em Londres por conta da ousadia de querer falar, cantar escrever suas idéias... Caetano, em minha opinião, situa-se de maneira equidistante no espectro ideológico que separa Chico de Roberto. Chegou a ser xingado de "reacionário" por radicais albaneses e cearenses mas, inteligente, não precisou se esforçar muito para confundir a burra esquerda e a retrógrada direita, brasileiras.

Cada cidadão tem o direito de dar sua opinião e, essa; claro, deve ser respeitada. Entretanto, é preciso ser sincero e admitir o gosto de tons mórbidos que as pessoas tem por fatos negativos de vidas alheias. Fossem éticas essas pessoas e, nossos artistas e famosos não teriam essa preocupação, agora, no ocaso de suas conturbadas existências. Alguém lá irá ponderar, com grandes doses de razão: É o natural preço da fama... E, ai por diante, uma infinidade de argumentos estão a se amontoar. De minha parte, espero que prevaleça a verdade e que, aos biógrafos mal intencionados, seja aplicada a lei que prevê punições a caluniadores e mentirosos.

O Brasil, as vezes, lembra-me as densas florestas tropicais e equatoriais que ainda cobrem parte de seu imenso território: Belo a distância; traiçoeiramente perigoso para o descuidado aventureiro que nele se embrenha na tentativa de compreende-lo...



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